26 de fevereiro de 2007
Coldfinger - How Could Time
official site
Time passes by, just like these ties that keep
bringing these memories to me
and that is all there'll ever be
And now i know it's been to long
and i have to carry on
but there was still so much for me to live with you
It was there before, you were mine
searching this river for you one more time
Rope on Fire - Morphine
"Hand over hand up the lifeline, luckily the knots stay tight.
Silhouettes of the two of us climbing, climbing up a rope on fire.
Climbing up a rope on fire. Climbing up a rope on fire. "
22 de fevereiro de 2007
Hurry On Now - Alice Russell
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
E se a terra fosse uma cousa para trincar
Seria mais feliz um momento...
(...)
Alberto Caeiro
O quereres
O Quereres
Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres dinheiro sou paixão
Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só desejo queres não
E onde não queres nada, nada falta, e onde voas bem alta eu sou o chão
E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha liberdade na amplidão
Onde queres família sou maluco, e onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco, e onde queres eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez, onde vês eu não vislumbro razão
Onde queres o lobo eu sou o irmão, e onde queres cowboy eu sou chinês
Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu sou o herói
Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não queres como és
Onde queres comício, flipper vídeo, e onde queres romance, rock'nroll
Onde queres a lua eu sou o sol, onde a pura natura, o inseticídeo
E onde queres mistério eu sou a luz, onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres dinheiro sou paixão
Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só desejo queres não
E onde não queres nada, nada falta, e onde voas bem alta eu sou o chão
E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha liberdade na amplidão
Onde queres família sou maluco, e onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco, e onde queres eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez, onde vês eu não vislumbro razão
Onde queres o lobo eu sou o irmão, e onde queres cowboy eu sou chinês
Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu sou o herói
Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não queres como és
Onde queres comício, flipper vídeo, e onde queres romance, rock'nroll
Onde queres a lua eu sou o sol, onde a pura natura, o inseticídeo
E onde queres mistério eu sou a luz, onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro, e onde queres coqueiro eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal, e eu querendo querer-te sem ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há e do que não há em mim
O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal, e eu querendo querer-te sem ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há e do que não há em mim
Vamos comer Caetano - Adriana Calcanhoto III
Vamos comer Caetano
Vamos desfrutá-lo
Vamos comer Caetano
Vamos começá-lo
Vamos comer Caetano
Vamos devorá-lo
Degluti-lo, mastigá-lo
Vamos lamber a língua
Uns Versos - Adriana Calcanhoto II
Sou sua noite, sou seu quarto
Se você quiser dormir
Eu me despeço
Eu em pedaços
Como um silêncio ao contrário
Enquanto espero
Escrevo uns versos
Depois rasgo
Sou seu fado, sou seu bardo
Se você quiser ouvir
O seu eunuco, o seu soprano
Um seu arauto
Eu sou o sol da sua noite em claro,
Um rádio
Eu sou pelo avesso sua pele
O seu casaco
Se você vai sair
O seu asfalto
Se você vai sair
Eu chovo
Sobre o seu cabelo pelo seu itinerário
Sou eu o seu paradeiro
Em uns versos que eu escrevo
Depois rasgo
Remix século XX - Adriana Calcanhoto I
Armar um tabuleiro de palavras-souvenirs.
Apanhe e leve algumas palavras como souvenirs.
Faça você mesmo seu micro tabuleiro enquanto jogo lingüístico.
Babilaque, pop, chinfra, tropicália, parangolé, beatnick, vietcong,
bolchevique, technicolor, biquini, pagode, axé, mambo, rádio,cibernética;
Celular, automóvel, buceta, favela, lisérgico, maconha, ninfeta, megafone, microfone, clone, sonar, sputinik, dada;
Sagarana, estéreo, subdesenvolvimento, existencialismo, fórmica, arroba,
antivirus, motossera, mega sena;
Cubofuturismo, biopirataria, dodecafônico, polifônico,
Naviloca, polivox, polivox...
21 de fevereiro de 2007
Zeca Afonso
Eu fui ver a minha amada
Lá p'rós baixos dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim
A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
(...)
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.
Venha a maré cheia
Duma ideia
P'ra nos empurrar
Só um pensamento
No momento
P'ra nos despertar
Eia mais um braço
E outro braço
Nos conduz irmão
Sempre a nossa fome
Nos consome
Dá-me a tua mão
Associação José Afonso
18 de fevereiro de 2007
Suzanne
Suzanne takes you down to
her place near the river
You can hear the boats go by
You can spend the night beside her
And you know that she's half crazy
But that's why you want to be there
13 de fevereiro de 2007
Remember Shakti - Shringar
Feeling Good
Quero voar
-mas saem da lama
garras de chão
que me prendem os tornozelos.
Quero morrer
-mas descem das nuvens
braços de angústia
que me seguram pelos cabelos.
E assim suspenso
no clamor da tempestade
como um saco de problemas
-tapo os olhos com as lágrimas
para não ver as algemas...
(Mas qualquer balouçar ao vento me parece Liberdade.)
José Gomes Ferreira
Sinnerman
Por que me falas nesse idioma? perguntei-lhe, sonhando.
Em qualquer língua se entende essa palavra.
Sem qualquer língua.
O sangue sabe-o.
Uma inteligência esparsa aprende
esse convite inadiável.
Búzios somos, moendo a vida
inteira essa música incessante.
Morte, morte.
Levamos toda a vida morrendo em surdina.
No trabalho, no amor, acordados, em sonho.
A vida é a vigilância da morte,
até que o seu fogo veemente nos consuma
sem a consumir.
Cecília Meireles
Be My Husband - Antony and the Johnsons
Quero habitar o teu corpo
entrar pelos teus olhos
demorar-me na tua língua
dormir no cabelo
de Luis Rodrigues
Perfect day - Antony and the Johnsons
A tua meterologia é tão simples.
Se me sorris o sol brilha,
se não te vejo caem trovões.
Meu deus,
que escuros são os dias sem ti!
de Luis Rodrigues
8 de fevereiro de 2007
Carinhoso - Manuela Azevedo
official site
Meu coração
Não sei porque
Bate feliz, quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim
Ah! Se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz
Feeling blue - Finley Quaye
6 de fevereiro de 2007
Hitler in My Heart - Antony and the Johnsons
Don't punish me
For wanting your love inside of me
Don't punish me
For wanting your love inside of me
And I find Hitler in my heart
From the corpses flowers grow
And I find Hitler in my heart
From the corpses flowers grow
4 de fevereiro de 2007
Tom The Model
Ohh...
So do what you're gotta do
And don't misunderstand me
You know you don't ever have to worry 'bout me
I'd do it again
So tired of life
No fairytale
So hold your fire
'Cause I need you
Ohh...
1 de fevereiro de 2007
Show
É segunda-feira.
Há árvores céu e estradas sem fim.
Existe uma normalidade rectilínea em tudo o que me cerca
e no entanto choro.
Choro lágrimas anormalmente rectilíneas
vazias de árvores céu e estradas sem fim.
de Luis Rodrigues
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