26 de dezembro de 2011

17 de dezembro de 2011

Duetos VII - That Leaving Feeling





La Marée Haute


La route chante
Quand je m’en vais
Je fais trois pas…
La route se tait

La route est noire
À perte de vue
Je fais trois pas…
La route n’est plus

 


Duetos VI - É Doce Morrer no Mar


É doce...



2 de dezembro de 2011

The Pan Within


Pesa tanto uma estrela
quando se acorda nas salas negras abertas de par em par,
e as mãos agarram um ramo de cabelos dolorosos,
e sobre a boca um lírio em brasa,
branco, branco,
que não nos deixa respirar.

A lepra na boca,
que não nos deixa respirar.

Um ramo de lepra contra o corpo,
como isto então só o movimento de águas obscuras
pelos canais de um canto,
como um palácio de salas negras abertas
para sempre.

Este animal respira como um espelho de pé,
no ar,
no ar.

Herberto Helder



21 de novembro de 2011

Yellow Brick Road



4.

Acordei dentro do poço
Do ar
E soube que podia respirar dentro da
água
Porque a mulher estava cercada de peixes.
Disse-lhe: porque
quebras aquários contra os joelhos?
Ela mastigava e não me
respondeu,
Estendeu a mão e deu-me um vidro a provar

Daniel Faria


 




18 de novembro de 2011

Four Walls


They know that I can't settle down
They know but they won't keep me in line, in line
They know that I want his liquid
They know that I'm not her breath
They know that I can't settle down
They know but they won't keep me in line, in line, in line

These four walls have eyes, got lost on the way
They'll hold me a while till he thinks that way, till

In line last night held the light
Down to save me from pain, happiness can lie
Remembering our lost home (our lost way)

In line, in line, in line till we're lost, I forgot

Capitão Romance


Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei nem nada
Do que em mim tocou

Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir

16 de novembro de 2011

Canção da Canção Triste


diz-me o porquê dessa canção tão triste
que me diz não vir de ninguém
decerto alguma coisa tu pediste a essa voz
que tu não sabes de onde vem

diz-me o porquê dessa canção tão triste
me fazer sentir tão bem
decerto alguma coisa mais te disse a mesma voz
que tu não dizes a ninguém

 

6 de novembro de 2011

J'attendrai Swing




[last lines]
Alvy Singer: [narrating] After that it got pretty late, and we both had to go, but it was great seeing Annie again. I... I realized what a terrific person she was, and... and how much fun it was just
knowing her; and I... I, I thought of that old joke, y'know, the, this... this guy goes to a psychiatrist and says, "Doc, uh, my brother's crazy; he thinks he's a chicken." And, uh, the doctor says, "Well, why don't you turn him in?" The guy says, "I would, but I need the eggs." Well, I guess that's pretty much now how I feel about relationships; y'know, they're totally irrational, and crazy, and absurd, and... but, uh, I guess we keep goin' through it because, uh, most of us... need the eggs.


Minor Swing


Mas haverá estrelas, flores
e suspiros e esperanças,
e amor nas alamedas,
sob a sombra das ramagens.

E tocará esse piano
como nesta noite plácida,
não havendo quem o escute,
a pensar, nesta varanda.

Juan Ramón Jiménez

4 de novembro de 2011

Leaving for Paris No.2


Li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios,
quando alguém morria perguntavam apenas:
tinha paixão?
quando alguém morre também eu quero saber da qualidade da sua paixão:
se tinha paixão pelas coisas gerais,
água,
música,
pelo talento de algumas palavras para se moverem no caos,
pelo corpo salvo dos seus precipícios com destino à glória,
paixão pela paixão,
tinha?
(...)
e o que há assim no mundo que responda à pergunta grega,
pode manter-se a paixão com fruta comida ainda viva,
e fazer depois com sal grosso uma canção curtida pelas cicatrizes,
palavra soprada a que forno com que fôlego,
que alguém perguntasse: tinha paixão?

afastem de mim a pimenta-do-reino, o gengibre, o cravo-da-índia,
ponham muito alto a música e que eu dance,
fluido, infindável,
apanhado por toda a luz antiga e moderna,
os cegos, os temperados, ah não, que ao menos me encontrasse a paixão
e eu me perdesse nela
a paixão grega

Herberto Helder, A Faca Não Corta o Fogo







2 de novembro de 2011

O pior dia e o melhor beijo.( E dizê-lo cantando a toda a gente!)




Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre

Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu

Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre

Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar

Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum
Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer


30 de outubro de 2011

River Man


Betty said she prayed today
For the sky to blow away
Or maybe stay
She wasn't sure.

For when she thought of summer rain
Calling for her mind again
She lost the pain
And stayed for more.




16 de outubro de 2011

Amore



A paixão é voraz, o silêncio
alimenta-se
fixamente de mel envenenado. E eu escrevo-te
toda
no cometa que te envolve as ancas como um beijo.
Os dias côncavos, os quartos alagados, as noites que crescem
nos quartos.
É de ouro a paisagem que nasce: eu torço-a
entre os braços. E há roupas vivas, o imóvel
relâmpago das frutas. O incêndio atrás das noites corta
pelo meio
o abraço da nossa morte. Os fulcros das caras
um pouco loucas
engolfadas, entre as mãos sumptuosas.
A doçura mata.
A luz salta às golfadas.
A terra é alta.
Tu és o nó de sangue que me sufoca.
Dormes na minha insónia como o aroma entre os tendões
da madeira fria. És uma faca cravada na minha
vida secreta. E como estrelas
duplas
consanguíneas, luzimos de um para o outro
nas trevas.

Herberto Helder



9 de outubro de 2011

Hana





Há muito tempo que não me apaixonava por uma música.






2 de outubro de 2011

All of me



Teu Corpo Principia

Dou-te
um nome de água
para que cresças no silêncio.
Invento a alegria
da terra que habito
porque nela moro.
Invento do meu nada
esta pergunta.
(Nesta hora, aqui.)
Descubro esse contrário
que em si mesmo se abre:
ou alegria ou morte.
Silêncio e sol – verdade,
respiração apenas.

Amor, eu sei que vives
num breve país.
Os olhos imagino
e o beijo na cintura,
ó tão delgada.
Se é milagre existires,
teus pés nas minhas palmas.
Ó maravilha, existo
no mundo dos teus olhos.
Ó vida perfumada
cantando devagar.

Enleio-me na clara
dança do teu andar.
Por uma água tão pura
vale a pena viver.
Um teu joelho diz-me
a indizível paz.

António Ramos Rosa



 


3 de setembro de 2011

All The Wild Horses



Cavalo à solta

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura

minha coragem de correr contra a ternura.



Ary dos Santos



21 de julho de 2011

(Looking For) The Heart Of Saturday Night


Then you comb your hair
Shave your face
Tryin' to wipe out ev'ry trace
All the other days
In the week you know that this'll be the saturday
You're reachin' your peak

Stoppin' on the red
You're goin' on the green
'cause tonight'll be like nothin'
You've ever seen
And you're barrelin' down the boulevard
Lookin' for the heart of saturday night

Tell me is the crack of the poolballs, neon buzzin?
Telephone's ringin'; it's your second cousin
Is it the barmaid that's smilin' from the corner of her eye?
Magic of the melancholy tear in your eye

Makes it kind of quiver down in the core
'cause you're dreamin' of them saturdays that came before
And now you're stumblin'
You're stumblin' onto the heart of saturday night

 

20 de julho de 2011

Sorry




(...)
É assim: perdes uma coisa – ela cai de ti
e caindo como uma pedra numa página de água
o mundo estremece acende-se e ressoa como
se fosse uma caixa de música, um pouco grande
um pouco antiga. Uma caixa de música que fosse
a verdadeira fórmula do mundo, a pequena forma
como em sonhos ele a si próprio se vê, e não a ti.
Tu que de facto o ouves como se ele fosse
essa caixa de música: uma imagem da tua
da nossa infância de todos,
(...)

 Manuel Gusmão


3 de julho de 2011

Un Vestido Y Un Amor




Todo lo que diga esta de mas,
las luces siempre encienden en el alma
y cuando me pierdo en la ciudad,
vos ya sabes comprender... es solo un rato no mas,
tendria que llorar o salir a matar...
Te vi, te vi, te vi... Yo no buscaba nadie y te vi.

      29 de junho de 2011

      Child​-​Ghost [:Plim-Plim]




      Há gente assim, tão pura. Recolhe-se com a candeia
      de uma pessoa. Pensa, esgota-se, nutre-se
      desse quente silêncio.
      Há gente que se apossa da loucura, e morre, e vive.
      Depois levanta-se com os olhos imensos
      e incendeia as casas, grita abertamente as giestas,
      aniquila o mundo com o seu silêncio apaixonado.
      Amam-me, multiplicam-me.
      Só assim eu sou eterno.

      Herberto Helder




      26 de junho de 2011

      My Pet Rat St Michael


      I'll be nicer to St. Michael
      That rat really makes me laugh
      When he says
      In the end there are no saints
      There are no liars
      There are just sparks fallin' down wires
      They have no harp
      They always sing
      They are the heroin in everything
      A beauty easy to explain away
      But tell me how do you make it stay?
      You gotta fight for it
      You gotta fight for it


      25 de junho de 2011

      Merry Christmas Mr. Lawrence


      (...)
      Tudo, tudo, tudo
      Se condensou de repente
      Numa nuvem negra de milhões de lágrimas
      A humilharem-me de ternura
      - eu que quero ser alheio, duro, indiferente…

      …. Enquanto os outros dançam, cantam, bebem,
      vivem, amam, riem, suam
      neste pobre planeta
      magoado das pedras e dos homens
      onde cresceu por acaso o meu coração no musgo
      aberto para a consciência absurda
      deste remorso sem sentido.

      José Gomes Ferreira



      16 de junho de 2011

      Miss Otis Regrets


      (...)
      Como podemos florir
      ao peso de tanta luz?
      (...)

      Inventarei o dia onde contigo
      e o outono corra pelas ruas.
      A luz que pisamos é tão perfeita
      que não pode morrer, como não morre
      o brilho do olhar que te viu despir.

      Eugénio de Andrade

       


      26 de maio de 2011

      C'mon Billy

      Não sentir, não sentir, não sentir.
      Nunca sentir.
      Não sentir, não sentir, não sentir.

      Depois ela cantou "C'mon Billy".
      "Esfrangalhei-me" toda.




      17 de maio de 2011

      You Always Hurt the Ones You Love



      You always hurt the one you love,
      The one you shouldn't hurt at all.
      You always take the sweetest rose,
      And crush it till the petals fall.

      You always break the kindest heart,
      With a hasty word you can't recall.
      So, if I broke your heart last night,
      It's because I love you most of all.



      8 de maio de 2011

      Only when you're gone


      Andrew McDonell- need title/intro





      Chrifa Mohammed Salem, 6, pictured outside her home in Auserd refugee camp, Algeria



      I go to school and then I come back and play with my sister. It is very hot, I want it to be cold. I want to be a teacher when I grow up.
      There is no water here.




      12 de abril de 2011

      Man In The Moon



      My daddy was an astronaut
      That's what I was often taught
      My daddy went away to soon
      Now he's living on the moon
      Hang on to me people we're going down
      Down among the fishes in an absence of sound
      It's the presence of distance and it's floating in time
      It's lack and it's longing and it's not very kind
      Sitting here scratching in this rented room
      Scratching and atapping to the man in the moon
      About all the things that I've been taught
      My daddy was an astronaut



      7 de abril de 2011

      Après moi






      Black spring! Pick up your pen, and weeping,
      Of February, in sobs and ink,
      Write poems, while the slush in thunder
      Is burning in the black of spring.

      Through clanking wheels, through church bells ringing
      A hired cab will take you where
      The town has ended, where the showers
      Are louder still than ink and tears.

      Where rooks, like charred pears, from the branches
      In thousands break away, and sweep
      Into the melting snow, instilling
      Dry sadness into eyes that weep.

      Beneath - the earth is black in puddles,
      The wind with croaking screeches throbs,
      And-the more randomly, the surer
      Poems are forming out of sobs.

      Boris Pasternak


      4 de abril de 2011

      See Line Woman




      sim,
      eu respiro,
      estou direita,
      deixa-me passar
      — aqui vai uma ilha de pés descalços,
      aqui é um espelho caminhando como a voz
      por onde entram e saem
      imagens cambaleantes,

      e tu chamas-te então:
      como eu vi o tempo,
      era uma maneira cega de haver junquilhos
      que giravam até se arrancarem dos terrenos nocturnos

      e viverem como crianças ondulantes,
      esquecidas do seu texto,
      num exílio de espanto e beleza brusca,
      de fazer pensar,
      súbito,
      na morte prometida a todas as coisas

      que se aproximam demasiado do nosso amor,
      e é então que tu dizes:
      há casas desabitadas,
      e eu estou nessas casas

       

      Herberto Helder

      3 de abril de 2011

      Several Species of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving with a Pict



      Todos os dias os ministros dizem ao povo
      Como é difícil governar. Sem os ministros

      O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.

      Nem um pedaço de carvão sairia das minas
      Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
      Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
      Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol 
      Sem a autorização do Führer?
      Não é nada provável e se o fosse
      Ele nasceria por certo fora do lugar.



       Bertold Brecht



      25 de março de 2011

      Keep You Beautiful




      Eram de longe.
      Do mar traziam o que é do mar:
      doçura e ardor nos olhos fatigados.

      Eugénio de Andrade



      13 de março de 2011

      Me gustas cuando callas porque estás como ausente


       Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
      y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
      Parece que los ojos se te hubieran volado
      y parece que un beso te cerrara la boca.

      Como todas las cosas están llenas de mi alma
      emerges de las cosas, llena del alma mía.
      Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
      y te pareces a la palabra melancolía.

      Me gustas cuando callas y estás como distante.
      Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
      Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
      déjame que me calle con el silencio tuyo.

      Déjame que te hable también con tu silencio
      claro como una lámpara, simple como un anillo.
      Eres como la noche, callada y constelada.
      Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

      Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
      Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
      Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
      Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.  
       


      27 de fevereiro de 2011

      On The Radio



      This is how it works
      You're young until you're not
      You love until you don't
      You try until you can't
      You laugh until you cry
      You cry until you laugh
      And everyone must breathe
      Until their dying breath

      No, this is how it works
      You peer inside yourself
      You take the things you like
      And try to love the things you took
      And then you take that love you made
      And stick it into some
      Someone else's heart
      Pumping someone else's blood
      And walking arm in arm
      You hope it don't get harmed

      But even if it does
      You'll just do it all again

       



      19 de fevereiro de 2011

      Everything In Its Right Place




      Everything, everything, everything, everything
      In its right place

      Yesterday I woke up sucking a lemon

      Everything, everything, everything
      In its right place
      Right place


      What, what is that you try to say?
      What, what was that you tried to say?
      Tried to say... tried to say...

      Everything, everything, everything, everything

      10 de fevereiro de 2011

      The World (Is Going Up In Flames)



      Alguém há-de saber de tanto fôlego junto. Basta a mão direita para quebrar a água misteriosamente, a mão para devolver-me á fonte. Não é preciso que seja raiada, essa pessoa Leve e potente, só que finque no meio da dança um pau em brasa com a floração: quero que me pare, que me abra. que use a chave da minha obscuridade. Antes de me terem chamado com água dentro da pedra, gosto amargo, unhas e dentes. A seda com que teci a malha entre pedaços humanos: membros criando um espaço, respiradouros, anéis rudes nas cabeças, uma beleza viva. Alguém há-de tocar-me com um dedo, alguém há-de pôr-me um selo.


       H.H.

      5 de fevereiro de 2011

      The Piano



      Há sempre uma noite terrível para quem se despede do esquecimento. Para quem sai, ainda louco de sono, do meio do silêncio. Uma noite ingénua para quem canta. Deslocada e abandonada noite onde o fogo se instalou que varre as pedras da cabeça. Que mexe na língua a cinza desprendida.

      H.H.

      29 de janeiro de 2011

      Interlúdio (não) musical





      Senhoras e senhores, gostaria de vos apresentar a Internet! Por favor, nada de fotografias com flash, danificarão a Internet.
      - Senhoras e senhores...

      - Porque não está ninguém a rir-se?

      ...Se acontecesse alguma coisa a esta caixa, o mundo como o conhecemos ficará num caos. Aviões cairão dos céus, como mesas. A sociedade rasgar-se-ia como uma criança furiosa com um guardanapo. O instinto primário do Homem para sobreviver a qualquer custo, levaria a violência horrível. Por isso, por favor, nada de fotografias com flash.
       
       

      21 de janeiro de 2011

      Palco do Tempo



      É o palco do tempo
      Sem tempo a mais
      São voltas ás voltas
      Por querer sempre mais

      ...É um verso atrás
      Um degrau que não viu
      São curvas as rectas
      Num final não vazio

      É o palco do tempo
      Sobre o tempo a mais
      São voltas à espera
      Que não vivendo mais




      1 de janeiro de 2011

      Tudo Dar


      Que às vezes quase tremo quando te sinto chegar

      Ai não estou a sonhar
      O ar para respirar
      O melhor tudo dar

      Tudo dar