4 de novembro de 2013

Hurt


I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything

What have I become
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

23 de setembro de 2013

Não posso adiar o coração



Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração 



António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"



8 de setembro de 2013

Drew




Falling little more
You bumped and crashed in dirty snow
Up to our sin, I might as well
Melt into Sunday

Remember the time
We stood there by the lake
Watching boats and planes

Pretty white clouds
The sun will sweat
In fact the song begins

Trees are your skin
On my tongue

20 de maio de 2013

Riders On The Storm - Ray Manzarek (February 12, 1939 – May 20, 2013)



Riders on the storm
Into this house we're born
Into this world we're thrown
Like a dog without a bone
An actor out alone
Riders on the storm

There's a killer on the road
His brain is squirmin' like a toad
Take a long holiday
Let your children play
If ya give this man a ride
Sweet family will die
Killer on the road, yeah

Girl ya gotta love your man
Girl ya gotta love your man
Take him by the hand
Make him understand
The world on you depends
Our life will never end
Gotta love your man, yeah

Wow!

Riders on the storm
Riders on the storm
Into this house we're born
Into this world we're thrown
Like a dog without a bone
An actor out alone
Riders on the storm

Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm

"Riders On The Storm" was the last song recorded by the members of The Doors, according to Ray, as well as Jim´s last recorded song to be released (recorded December 1970 - January 1971 - released in June ´71).

According to Robby, it was inspired by the song "(Ghost) Riders in the Sky: A Cowboy Legend." The song is played in the E Dorian mode, and incorporates real sound effects of thunder and rain, along with Ray´s Fender Rhodes electric piano playing, which emulates the sound of rain. The song was recorded at the Doors Workshop in December 1970 with the assistance of Bruce Botnick, their longtime engineer, who was co-producing the recording sessions. Jim recorded his main vocals and then whispered the lyrics over them to create the echo effect. The single was released in 1971, shortly before Jim´s death, entering the Hot 100 on 3 July 1971, the day that Jim died.

The Doors' former producer, Paul Rothchild left prior to the sessions as he did not like the album, or the song, calling it "cocktail music". Their engineer Bruce Botnick was selected to produce the album instead.

The band's drummer John Densmore wrote a 1990 book called Riders on the Storm, detailing the story of his life and his time with the group.

Ray Manzarek and guitarist Roy Rogers covered this song as an instrumental duet on their 2008 album "Ballads Before the Rain".

In November 2009, the song was inducted into the Grammy Hall of Fame under the category Rock (track).


1 de maio de 2013

La Pastorcita Perdida




Punay! Punay!
¡Devuélveme, devuélveme,
a mi pastorcita perdida!

Pastorcita de mi vida,
te extraviaste en noche mala,
mi voz te busca en el viento
y en la puna te reclama.

Punay! Punay!
¡Devuélveme, devuélveme,
a mi pastorcita perdida!

Aunque tenga en esta vida,
que viento y tierra tragar,
pastorcita de la vida,
te he de encontrar
te he de encontrar.  

17 de abril de 2013

Snake Eyes



Inflama-me, poente: faz-me perfume e chama;
que o meu coração seja igual a ti, poente!
descobre em mim o eterno, o que arde, o que ama,
...e o vento do esquecimento arraste o que é doente!
Juan Ramón Jiménez

14 de abril de 2013

Dehorning

Não consegui ver o video até ao fim.

Dehorning:
Most cows used for dairy are not naturally hornless. See how farmers remove cows' horns and horn tissue using a variety of painful methods, including burning and cutting the horns out of their heads, often without painkillers.



Eu cresci nos Açores, numa aldeia em São Miguel e muitas vezes a minha mãe, mandava-me a uma quinta perto de casa ir buscar o leite numa leiteira de latão, o leite vinha quente e cheio de natas amarelas... Não gostava de leite. As Vaquinhas queridas e fofinhas pastavam em campos verdes e húmidos, faziam muuuummmm, eram calmas e pachorrentas. Por vezes passavam em manadas na minha rua, o trânsito parava, se é que havia trânsito, e os miúdos desviavam-se nos passeios à espera que passassem para poderem retornar às brincadeiras.
Hoje gosto de beber leite magro e gelado da Matinal. Não sei de onde provem e o que fazem às vacas, mas penso que não vou beber leite novamente com o mesmo gosto.

Ah... E depois há a história dos frangos de aviário, também tinha galinhas na minha casa dos Açores, dava-lhes milho, achava-as muito estúpidas mas gostava da cor das penas delas, costumava pegar num caderno, sentar-me num degrau e desenhar-lhes o traseiro, literalmente.



31 de março de 2013

Fever






Gárgula.
Por dentro a chuva que a incha, por fora a pedra misteriosa
que a mantém suspensa.
E a boca demoníaca do prodígio despeja-se
no caos.
Esse animal erguido ao trono de uma estrela,
que se debruça para onde
escureço. Pelos flancos construo
a criatura. Onde corre o arrepio, das espáduas
para o fundo, com força atenta. Construo
aquela massa de tetas
e unhas, pela espinha, rosas abertas das guelras,
umbigo,
mandíbulas. Até ao centro da sua
árdua talha de estrela.
Seu buraco de água na minha boca.
E construindo falo.
Sou lírico, medonho.
Consagro-a no banho baptismal de um poema.
Inauguro.
Fora e dentro inauguro o nome de que morro.

Herberto Helder




20 de março de 2013

It's Hard to be a Saint in the City






I had skin like leather and the diamond-hard look of a cobra
I was born blue and weathered but I burst just like a supernova
I could walk like Brando right into the sun
Then dance just like a Casanova
With my blackjack and jacket and hair slicked sweet
Silver star studs on my duds like a Harley in heat
When I strut down the street I could hear its heartbeat
The sisters fell back and said "Don't that man look pretty"
The cripple on the corner cried out "Nickels for your pity"
Them gasoline boys downtown sure talk gritty
It's so hard to be a saint in the city

(...)

And them South Side sisters sure look pretty
The cripple on the corner cries out "Nickels for your pity"
And them downtown boys sure talk gritty
It's so hard to be a saint in the city





19 de março de 2013

It’s easier now



(...)
¿e se me tocam na boca?
de noite, a mexer na seda para, desdobrando-se,
a noite extraterrestre bruxulear um pouco,
o último,
assim como que húmido, animal, intuitivo, de origem,
papel de seda que a rútila força lírica rompa,
um arrepio dentro dele,
batido, pode ser, no sombrio, como se a vara enflorasse com as faúlhas,
(...)




26 de fevereiro de 2013

Sacrilege



Coentros e garfos
Mamas e sapatos





23 de fevereiro de 2013

The Master





Freddie Quell: Well, I'm sorry if I got out of hand last night. It was cold and...
Lancaster Dodd: Don't apologize. You're a scoundrel
Freddie Quell: [laughs]
Lancaster Dodd: And as a scientist and a connoisseur, I have no idea the contents of this remarkable potion. What's in it?
Freddie Quell: Secrets.

18 de fevereiro de 2013

Mi Negrita




 Mi intimidad es pequeña
cabe in mi boca
y se desliza por entre los dientes;
si la descubro fingiendo ser saliva
 me la trago,
no quiero verla ajena en las palabras
ni perderla con un beso.
Ana Merino





12 de fevereiro de 2013

Taro




Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?

Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.

Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?

Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim

Eugénio de Andrade




2 de fevereiro de 2013

Gun-Shy





Sinto-me assim, toda entranhada.



1 de fevereiro de 2013

Wild Wood


Que acontece a uma música,
quando deixa de soar;
e a uma brisa que deixa
de voar,
e a uma luz que se apaga?
Morte, diz: que és tu, senão silêncio,
calma e sombra?


Juan Ramón Jiménez





23 de janeiro de 2013

Freedom




Calvin Candie: Your boss looks a little green around the gills.
Django: He just ain't used to seein' a man ripped apart by dogs is all.
Calvin Candie: But you are used to it?
Django: I'm just a little more used to Americans than he is.




15 de janeiro de 2013

15.1.13






15.1.85
rua do forte

levantei-me cedo com a chuva fustigado
a memória dum corpo que se esvaiu no sonho
aqueci o café ouvi as notícias da manhã
sobe um lamento que me percorre os ossos

cansado de luz o mar devolve-me a frescura
do amigo ainda à pouco deitado
a meu lado o rosto sonolento
sobre o peito a mão um sorriso
e o mundo parece menos cruel
contigo ausente agora tão perto de mim

*

pergunto-me se mereces este poema
pergunto-me se o escreverei
contigo dentro de cada palavra
e de querer eu mesmo ser poema
e não poeta
para que pernoites ao menos uma vez
dentro do meu corpo imaginado


Al Berto



 


10 de janeiro de 2013

Hugo Chávez


We see here a model social state like the one we are beginning to create.
Hugo Chávez to reporters during a state visit to Minsk, Belarus, on July 25, 2006.

[I admire] your wisdom and strength. [...] We are with you and with Iran forever. As long as we remain united we will be able to defeat [U.S.] imperialism, but if we are divided they will push us aside.
Said to Mahmoud Ahmadinejad, President of Iran, during a meeting to the country on July 29, 2006.

Let's save the human race, let's finish off the U.S. empire
Hugo Chávez on the Islamic Republic Medal ceremony at Tehran University in Iran. July 30th, 2006.

Israel has gone mad. It's attacking, doing the same thing to the Palestinian and Lebanese people that they have criticised - and with reason - the Holocaust. But this is a new Holocaust.
In protest of Israel's military offensive in Lebanon.

The Devil is right at home. The Devil, the Devil himself, is right in the house.
And the Devil came here yesterday. Yesterday the Devil came here. Right here. [crosses himself] And it smells of sulphur still today.
Yesterday, ladies and gentlemen, from this rostrum, the president of the United States, the gentleman to whom I refer as the Devil, came here, talking as if he owned the world. Truly. As the owner of the world.
Speech at the U.N. in which he referred to George W. Bush as the Devil, (September 2006), as quoted in "Chavez's colourful quotations" at BBC News (12 November 2007)





5 de janeiro de 2013

Sugar Man





Sugar man you're the answer
That makes my questions disappear