21 de fevereiro de 2007

Zeca Afonso





Eu fui ver a minha amada
Lá p'rós baixos dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim







A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

(...)

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.



Venha a maré cheia
Duma ideia
P'ra nos empurrar

Só um pensamento
No momento
P'ra nos despertar

Eia mais um braço
E outro braço
Nos conduz irmão

Sempre a nossa fome
Nos consome
Dá-me a tua mão




Associação José Afonso

4 comentários:

Anónimo disse...

Para ti, Luís, também homem de Setúbal, mais alto do que os outros...

Não só a voz e música, mas a alma, o homem, o testemunho, a herança que nos deixou.

Único.

Português.

Revolução.

Sempre.

Anónimo disse...

Não podia pô-las todas, são todas inebriantes.

Escolhi algumas que mais me tocam.

Do album de '71: "Cantigas de Maio", ano em que nasci.

E "A morte saiu á rua".

Nunca esquecer.



Que voz...!

Anónimo disse...

assino por baixo!

Anónimo disse...

este post/homenagem fica muitissimo bem neste blog!!