Inicial
O dia não é hora por hora.
É dor por dor,
o tempo não se dobra,
não se gasta,
mar, diz o mar,
sem trégua,
terra, diz a terra,
o homem espera.
E só
seu sino
está ali entre os outros
guardando em seu vazio
um silêncio implacável
que se repartirá
quando levante sua língua de metal
onda após onda.
De tantas coisas que tive,
andando de joelhos pelo mundo,
aqui, despido,
não tenho mais que o duro meio-dia
do mar, e um sino.
Eles me dão sua voz para sofrer
e sua advertência para deter-me.
Isto acontece para todo o mundo,
continua o espaço.
E vive o mar.
Existem os sinos.
Pablo Neruda
4 comentários:
ó róooosssaaaaaaa ja fui la a cima comentar as boas escolhas do nitin e não deixas passar o coment porque pá?!?!?! humpft (amuei!)
uff...
tava distraida!!!!
é sempre o mesmo!!
leva ANOS a publicar as nossas pérolas...
não consegui ouvir isto!! gaita!!
gosto do trim tin tin!!!
(é o do rinhinhi rinhonhó, não é??)
pois pois menina rosa...
capitão ainda vamos organizar aqui uma rebelião que vai rebentar com estas caixas de comentarios de forma a dissuadir a menina rosa a esta "moderação", punitiva e castradora das nossas palavras!!!
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