(Luis Rodrigues)
Estou vivo e escrevo sol
Eu escrevo versos ao meio-dia
e a morte ao sol é uma cabeleira
que passa em fios frescos sobre a minha cara de vivo
Estou vivo e escrevo sol
Se as minhas lágrimas e os meus dentes cantam
no vazio fresco
é porque aboli todas as mentiras
e não sou mais que este momento puro
a coincidência perfeita
no acto de escrever e sol
A vertigem única da verdade em riste
a nulidade de todas as próximas paragens
navego para o cimo
tombo na claridade simples
e os objectos atiram suas faces
e na minha língua o sol trepida
Melhor que beber vinho é mais claro
ser no olhar o próprio olhar
a maraviha é este espaço aberto
a rua
um grito
a grande toalha do silêncio verde
António Ramos Rosa
9 comentários:
vertigem:
maravilha é um grito verde.
há uma altura em que a música parece que treme, ou o que sentes treme. tu tremes. assim como as espigas ao sol.
adoro este homem.
e a música é fabulosa.
SOS:
precisamos IMENSO
de um substituto para o João.
Loulou + Nini
Sempre com música boa, muito boa.
Com que então és do Lubango :D, é bom saber, eu sou do Leste, da zona dos diamantes, Lucapa.Vou voltar e acabar por lá, pelo meno sé esse o meu desejo.
Grande beijinho, do tamanho da nossa Angola.
goiabas!
:)
pois...
eu tambem queria ser de cá
daqui
onde nao ha diamantes pitrol nem pasta na bolsa. fomos todos a falencia.
vivemos sem fruta :)
somos dados a marginalidades culturais. tanto por cá se faz :))))))
o RR é boa criatura
nao poder adiar o coraçao parece-me digno dele :)))))
beijo
é o toque do meu tm.
gosto de ouvir ocasionalmente que o coração não pode ser adiado.
já!
já?
pá! pá! pá!
;)
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