(...)
Em letras enormes do tamanho
do medo da solidão da angústia
um cartaz denuncia que um homem e uma mulher
se encontraram num bar de hotel
numa tarde de chuva
entre zunidos de conversa
e inventaram o amor com caracter de urgência
deixando cair dos ombros o fardo incómodo da monotonia quotidiana
Um homem e uma mulher que tinham olhos e coração e fome de ternura
e souberam entender-se sem palavras inúteis
Apenas o silêncio A descoberta A estranheza
de um sorriso natural e inesperado
Não saíram de mãos dadas para a humidade diurna
Despediram-se e cada um tomou um rumo diferente
embora subterraneamente unidos pela invenção conjunta
de um amor subitamente imperativo
(...)
Daniel Filipe
12 comentários:
tenho nos braços flores e amores.
para ti.
manisfestaçao de afecto bem linda
ha por aí alguem com sorte :)
pois...
vinha tentar ver o livro que a tua pintou. quem sabe me inspiro nele ;)
coisa linda
gosto destas imagens
Porque terão os seres tanta necessidade de laços
e depois de inventarem o amor
procurem no rasto do outro
o cheiro da própria pele?
Ficas bem assim com os braços.
:)
Quem fez a musica, fê-lo bem.
Quem a interpretou,
tão bem como sabe e pode.
a mais não é obrigado.
fê-lo muito bem no entanto.
mas não invejo
eu quero domestiscar um piano.....
fazê-lo pai
melhor amigo(a)
confidente
paixão
o que quer que venha a querer
ou necessitar
e não me resigno
antes a morte
que é o que menos quero
em penúltimo lugar
não queiras domestica-lo então, deixa que seja o contrário.
quem sabe que relação virtuosa resultará.
;)
um bom dia para ti, madrugador. lol
Os pianos não se domesticam.
Vivem num plano diferente.
Deixam-se tocar, mas nunca se deixarão possuir :)
Ainda assim, convocam a paixão :)
exactly.
vocês dizem isso porque nunca conheceram nenhum domador de pianos.
se bem que se me domar ele a mim,
até prefiro!
e depois, estranhamente, lembrei-me do filme
"intimacy" de patrice chéreau... (romance de hanif kureishi)
o imperativo, aí...??
bonito...
bem lembrado.
tu sabes, que eu sei, que tu sabes, que sei, que gosto à brava desse filme.
aqui, aonde?
deverei ler o livro?
"aí" de lá.
eu li o livro (é fininho, tájabêre...) e gostei. fez-me ver o filme, que só o engrandece!!
mas deve ser interessante fazer o processo ao contrário e à distância...
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