Onde não começa o sopro
no côncavo da língua muda
o peso da sombra entre ruínas,
falha que nunca coincide.
Silêncio do incontível,
como recusar a veemência
desta cegueira?
Antes da fuga
Das formas, no sem fundo
Inabitável. Artérias vivas,
estrelas, relâmpagos,
jorrarão da obscuridade vermelha?
E as palavras serão o espaço
Do grito, o espaço de nada, o espaço
do espaço,
a obscura dor da terra?
António Ramos Rosa
6 comentários:
o sopro desta cegueira?
o grito,
a obscura dor da terra?
pronto, é oficial: vou suicidar-me. suavemente...
"a obscura dor da terra." sim. como só ele sabe.
a música é absolutamente fantástica.
abraço grande
Bandida, o albúm chama-se "Docile", são todas tão bonitas que é impossivel escolher uma.
Haddock, deixa-te de fitas, levanta-te já do chão!
Abraços aos dois.
deixo-te uma mão de neve:
http://www.youtube.com/watch?v=DrQRS40OKNE
fica bem, rosa dos ventos.
linda, linda!
ficaria melhor com a tua precença mais assidua.
tenho saudades das tuas palavras e músicas.
beijo, menina de papel.
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