Pesa tanto uma estrela
quando se acorda nas salas negras abertas de par em par,
e as mãos agarram um ramo de cabelos dolorosos,
e sobre a boca um lírio em brasa,
branco, branco,
que não nos deixa respirar.
A lepra na boca,
que não nos deixa respirar.
Um ramo de lepra contra o corpo,
como isto então só o movimento de águas obscuras
pelos canais de um canto,
como um palácio de salas negras abertas
para sempre.
Este animal respira como um espelho de pé,
no ar,
no ar.
Herberto Helder
10 comentários:
e pode querer-se [mesmo] nunca mais
: ser-se inverno
*
Não conhecia ainda "invernos" quando ouvia esta música.
:)
rosa rosa
beijo
c.
No ar, no ar, C. há um cheiro a revolta.
:)
E eu gostei muito da que está em repeat mode, do Sôr Bradley.
A minha em repeat mode actualmente é esta:
http://www.youtube.com/watch?v=64Mj2r79Ze8
Boa noitzzze.
(?!?!)
Boa noitzeeee.
É assustador... Eu teria pesadelos.
Por coincidência, descobri o Sôr Bradley num filme de nome Handsome Harry.
http://offtherecordblog.blogspot.com/2011/02/charles-bradley-feat-menahan-street.html
Se viesses cá mais vezes...
Harry is the man!
E sim, o teu blog é um poço de sabedoria! Às vezes, falta-me é força para puxar o balde.
Balde??? Isto aqui está sempre um brinco.
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