13 de fevereiro de 2009

Yawny at the Apocalypse

 
 
Paraíso
 
Deixa ficar comigo a madrugada,
 para que a luz do Sol me não constranja.
Numa taça de sombra estilhaçada,
deita sumo de lua e de laranja.
 
Arranja uma pianola, um disco, um posto,
onde eu ouça o estertor de uma gaivota...
Crepite, em derredor, o mar de Agosto...
E o outro cheiro, o teu, à minha volta!~
 
Depois, podes partir.
 
Só te aconselho que acendas, para tudo ser perfeito,
à cabeceira a luz do teu joelho,
entre os lençóis o lume do teu peito...
Podes partir.
 
De nada mais preciso para a minha ilusão do Paraíso.
 
                                                                         David Mourão-Ferreira
 
 
 
 
 
 
 
 
 

8 comentários:

rosa disse...

se eu me portar sempre bem e comer a sopa toda, este é o meu céu.

rosa disse...

o teu peito tem o toque das cerejas.

:)

Haddock disse...

tirando o passaredo... e na confusão de letras e notas, até se sente o namoro subtil entre libelinhas e nenúfares!

o paraíso fica a leste (?)...

Bela disse...

abracignes ;)

Unknown disse...

bem bonito

"o teu peito tem o toque das cerejas".´



vai um cage ou um zappa?

rosa disse...

opto por um cave, straight... or with a single drop of water!

cpt. nunca sei qual é a esquerda ou a direita. (não politicamente, claro).

chat noir?!!?!?!? beaucoup de temps!!!!

casa de passe disse...

um prazer ler-te

(loulou)

rosa disse...

:)