Paraíso
Deixa ficar comigo a madrugada,
para que a luz do Sol me não constranja.
Numa taça de sombra estilhaçada,
deita sumo de lua e de laranja.
Arranja uma pianola, um disco, um posto,
onde eu ouça o estertor de uma gaivota...
Crepite, em derredor, o mar de Agosto...
E o outro cheiro, o teu, à minha volta!~
Depois, podes partir.
Só te aconselho que acendas, para tudo ser perfeito,
à cabeceira a luz do teu joelho,
entre os lençóis o lume do teu peito...
Podes partir.
De nada mais preciso para a minha ilusão do Paraíso.
David Mourão-Ferreira
8 comentários:
se eu me portar sempre bem e comer a sopa toda, este é o meu céu.
o teu peito tem o toque das cerejas.
:)
tirando o passaredo... e na confusão de letras e notas, até se sente o namoro subtil entre libelinhas e nenúfares!
o paraíso fica a leste (?)...
abracignes ;)
bem bonito
"o teu peito tem o toque das cerejas".´
vai um cage ou um zappa?
opto por um cave, straight... or with a single drop of water!
cpt. nunca sei qual é a esquerda ou a direita. (não politicamente, claro).
chat noir?!!?!?!? beaucoup de temps!!!!
um prazer ler-te
(loulou)
:)
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