15 de abril de 2009

Quarter Past Wonderful



Para o Mário Cesariny

Moveu-se o automóvel - mas não devia mover-se
não devia!

Ontem à meia-noite três relógios distintos bateram:
primeiro um, depois outro e outro:
o eco do primeiro, o eco do segundo, eu sou o eco do terceiro

Eu sou a terceira meia-noite dos dias que começam

Pregões de varina sem peixe
- o peixe morreu ao sair da água
e assim já não é peixe

Assim como eu que vivo uma VIDA EXTREMA.

António Maria Lisboa




6 comentários:

Texto-Al disse...

o meu surrealista preferido;)

T.

observatory disse...

bento gonçalves jose gregorio

uma historia a rever...

vou postar qq coisas que está exibida na plataforma campanhã

"o25 de abril existiu?"

uma pergunta a fazer

na medida que a propria democracia nos domesticou

so lhes servimos para legitimar o TGV e os emprestimos a banca :)

no 25 de abril

farei uma nova acçao junto da minha instalaçao

vou distribuir um apelo ao voto nos novos ...
depois te direi :)

se houver foto enviarei

Haddock disse...

homenagem...


o automóvel anfíbio morre no dobre
escapa o ponteiro na erudição do tempo
emerge a galhofa sobre estupidez

- ó peixes, sois surrealistas??
emerge a galhofa sobre a estupidez!


(quem pergunta... mal o fez!!)

Arábica disse...

Gosto imenso da ideia das três meia noites. E do poema, no seu todo, também.

Mas ando a ficar viciada no Damien Rice. Muiiiiito.


Bom fim de semana, Rosinha.

Bandida disse...

peixe na água sinto-me eu aqui na tua casa.

magnífico!!


beijo, Rosa-és com um eco distinto.

rosa disse...

obrigada a todos pela vossa presença, aqui.

vou comprar cigarros.