6 de julho de 2009

Je reviens te chercher



um dia acredito que estás à espera de algum silêncio escavado no limite do teu nome e não te digo. na paragem do autocarro finjo-me morta. e espero-te no trajecto onde a travessa é mais memória. um dia a boca há-de rasgar na marginal a travessa da tua rua. a tua marginal travessa. a tua rua marginal. a tua travessa quadrada onde o chuveiro tem peixes azuis com asas de chaminé. um dia acredito que estás à espera da noite para me rasgar nos olhos um incêndio de viagens. um dia como-te.

Maria Quintans "Bandida"



1 comentário:

rosa disse...

roubas-nos o siso, Bandida.