26 de novembro de 2010

Man under the sea


Se alguma vez, nos salões de um palácio, sobre a erva de uma vala ou na solidão morna do vosso quarto, acordardes de uma embriaguez evanescente ou desaparecida, perguntai ao vento, a vaga, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio, vos responderão: São horas de vos embriagardes! Para não serdes escravos martirizados do tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem cessar! Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha. Mas embriagai-vos! Deslumbrai-vos!

Baudelaire

4 comentários:

rosa disse...

Estás à espera de quê, ó?

Nuno disse...

de nada: de mais nada. la blogotheque em todo o seu esplendor: e baudelaire. um concerto no sá da bandeira há um ano a parecer que está a acontecer agora: é isso: mais do que isso: está ainda decorrer: imenso. obrigado pela recordação.

p disse...

aqui: são horas!

rosa disse...

:)