2 de março de 2009

Cello suite No.1-Prelude

Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!
Miguel de Unamuno

3 comentários:

rosa disse...

não sei se a música, se as palavras que batem mais forte. aqui, em mim.

Haddock disse...

...

fazem um belíssimo par!!
(não fosse as dores nas cruzes e até dançava um explosivo tango...!!)

e como diz o Outro, violentas são as margens que comprimem o rio... (não é bem assim, mas dá no mesmo!).

e que saudades eu já tinha desta alegre casinha tão modesta... :D (não resisti...)

rosa disse...

"Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem."

estas margens são umas chatinhas, é o que é.

(tu não me irrites!)